FOTOS... FATOS... CURIOSIDADES HISTÓRICAS

Amigos... venham comigo, serei teu guia, vamos viajar no tempo e no espaço ...viver um pouco da nossa História Tijucana.

Nélio Lisboa


INTEGRANTES DA CÔRTE DO IMPÉRIO DO DIVINO

                BANDO CONTRA AS QUITANDEIRAS E DESOCUPADOS

No ano de 1741, foi nomeado Intendente dos Diamantes o Dr. Plácido de Almeida Moutoso. O seu primeiro ato foi mandar que despejassem da demarcação todas as pessoas que não mostrassem ter um emprego ou ofício, sob pena de serem presas e enviadas com praça para a Nova Colônia. "E bem assim incorrerá na dita pena toda a pessoa de qualquer qualidade e condição que seja, que tiver, ajudar, ou consentir em suas casas, roças, sitios ou fazendas, alguém sem ofício ou emprego".
         Por bando de 1º de março de 1743, foi proibido "as negras ou mulatas fôrras ou cativas, andarem com taboleiros pelas ruas ou lavras; só lhes permitindo venderem os gêneros comestíveis nos arraiais e nos lugares para esse fim lhes forem marcados, sob pena de duzentos açoites e quinze dias de prisâo”.
         No Arraial do Tijuco o Intendente designou a rua, que por esta razão foi chamada da Quitanda, denominção até hoje conservada. Só aí é que podia fazer o pequeno mercado das quitandeiras.
          

                                                          IGREJA DO ROSÁRIO - 1728
                                      
                                              - UMA GARIMPEIRA -

  No ano de 1742, uma partida de Dragões sustentou um renhido combate com alguns garimpeiros nas visinhanças do Rio Manso. Entre estes sobressaía um mais jovem, que talvez por ser mais audaz e intrépido foi aprisionado, os outros fugiram. Trazido preso e metido no tronco da cadeia, aí foi o Escrivâo da Intendência fazer o que se chamava "O Auto da Prisâo", hábito e tonsura. Deste autor consta que o preso era "de estatura baixa e delicada, olhos e cabelos negros, cor morena, feições finas e regulares, sem barba alguma, sendo-lhe perguntado a sua idade, naturalidade e filiação, profissão, estado e se tinha algumas ordens ou era professo em alguma religião, recusara obstinadamente responder qualquer destas perguntas. No mesmo dia- não sabemos porque meio, e nem consta dos autos- reconheceu-se que o garimpeiro era uma bela moça, disfarçada em homen.

                                         MERCADO VELHO -(Centro Cultural David Ribeiro)-

             
-                         CONTRATO DOS CALDEIRAS

 Felisberto Caldeira, que estivera em Goiás, depois em Paracatú, onde fez uma grande fortuna, veio para o Tijuco e arrematou por quatro anos o contrato dos diamantes  01/ 01/ 1748 a  31/ 12/ 1751}.
         Arrematou-a uma Segunda vez em 1748 [?] por seis anos no reinado de D. José I e do ministro Pombal ou Sebastião José de Carvalho. Felisberto podia minerar com 600 escravos sob a capitação  anual de 240$000 por escravo.
               

                                            TRADICIONAL FESTA DO DIVINO

                                        (Festeiros:Casal Willer e Placedina Fonseca)

                              
                                         FUNDIÇÃO DO OURO -

 Aos dois de agosto de 1751, desta data em diante, são restabelecidas as Casas de Fundição do ouro em pó. O valor do ouro em pó que era de 1$500 a oitava, desceu para 1$200.
 

  UMA REUNIÃO DE ILUSTRES CIDADÃOS NO ANTIGO BAR DO SR MARINHO VIEIRA -nº06

                                     " FELISBERTO  E  BACELAR "

         Na Semana Santa de 1752 deu-se um episódio no Tijuco que vem ilustrar a severa condição em que se encontrava a mulher, e a reação violenta a qualquer gesto que pudesse violar sua integridade moral. O Ouvidor da Vila do Principe Dr. José Pinto de Morais, imbuido do filosofismo dominante na época, se comportou no templo de maneira inconveniente com grande escandalo dos tijuquenses. Em dado momento, querendo demontrar a sua admiraçâo por linda jovem parente dos Caldeiras, atirou-lhe no colo uma flor, que ela repeliu com dignidade. Felisberto Caldeira Brant - Contratador dos Diamantes exigiu-lhe satisfações e depois de uma discussão deu-lhe uma punhalada que não o ofendeu por ter resvalado em um botão de metal da casaca. Depois disso, perseguido e intrigado pelo Intendente e pelo Ouvidor, Felisberto caiu em desgraça, foi preso por motivo futil, sequestrado os seus bens e enviado para Lisboa.
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                                  -SAUDOSO PRESIDENTE JUSCELINO EM DIAMANTINA- 


                     
                                   PRISÃO DO CONTRATADOR
 Aos 22 de fevereiro de 1753, ordem do Ministro Pombal, de Lisboa, para  prender , levar incomunicável o Contratador de Diamantes Felisberto Caldeira Brant.
         Sobre ele o Ouvidor deveria abrir devassa [ inquérito ] para se saber se ocultava diamantes grossos e vendia os menores ao Doutor Alberto Luiz.
         Felisberto era devedor de 449 contos à Fazenda  Pública e a particulares em Lisboa. Haveria ainda penhora de todos os seus bens e papeis. Podia resgatar tudo e mesmo assim foi condenado por ódio e perseguiçâo do Ouvidor Bacelar.
         Condenado, levado para Lisboa, foi preso no Limoeiro, até o terremoto de Lisboa no ano de 1755, falecendo pouco depois em Caldas da Rainha.
         NB- É o tronco dos Caldeiras Brantes de Diamantina.

1952- Dr.Lomelino Ramos Couto-Prefeito Municipal, assina o contrato, com a Cia Telefônica, adquirindo 50 aparelhos para Diamantina- era o ínicio da modernidade na Comunicação do Município.

                              PRISÃO DE FELISBERTO CALDEIRA

         Aos 31 de agosto de 1756? Foi preso no alto do Ribeirão do Inferno, a certa distãncia do Tijuco, o Contratador do 3º Contrato dos Diamantes [1747],
Felisberto Caldeira Brant, como conseguência da perseguição indecente do Ouvidor Dr.José Pinto de Morais Bacelar, que por ele fora esbarrado pelo desrespeito na Igreja a uma parenta Caldeirense.
         Felisberto era de família de origem Belga e tinha ideias de independência do Brasil.

                                          (+-1956) Excursão de senhoras e senhoritas diamantinenses a Aparecida do Norte, sendo o Padre Geraldo de Ávila o acompanhante da caravana e, Geraldinho da  Peixe Vivo o Motorista da sua Viação.

                                             XICA DA  SILVA

Francisca da Silva, era uma mulata filha do Português Antônio Caetano de Sá com uma negra Africana de nome Maria da Costa. Foi escrava de José da Silva e Oliveira que era casado com D. Ana Joaquina Rosa, pais do Padre Rolim. Foi libertada a pedido de João Fernandes. Segundo Felício dos Santos, era alta e corpulenta, tinha feições grosseiras, trazia a cabeça raspada e coberta com uma cabeleira anelada em caixos pendentes como então se usava, não possuia graças, não possuia beleza, não tivera educação, enfim nenhum atrativo. Quando Joâo Fernandes a tomou, já tinha dois filhos, um deles o célebre Dr.Simâo Pires Sardinha, com cuja educação despendeu soma fabulosa. Formou-se em várias faculdades, viajou pelos principais paises da Europa e com a proteção de Joâo Fernandes ocupou diferentes empregos na Côrte.
         Xica da Silva faleceu aos 15 de Fevereiro de 1796.


                                            Orquestra (Jazz Band) do MaestroArnulfo Lisboa em 1945

                                              O PALÁCIO DA PALHA

 João Fernandes de Oliveira, construiu na chamada Chácara da Palha ou Chácara da Xica da Silva, um edifício de grande porte, uma espécie de Castelo, hoje desaparecido, conhecido  pelo nome de Palácio da Palha, que possuia belos jardins, cascatas artificiais,  Capela particular e uma ampla sala onde se realizavam representações teatrais e as audições musicais.
         Alí o Contratador, tão favorecido pela fortuna, levava os seus amigos de importãncia. Fala-se de peças como "Os encantos de Medeia”, "O Anfitriâo”, "Porfiar Amando "“ Xiquinha por amor de Deus” e outras, porém os títulos não se encontram em referência documental - nasceram seguramente da imaginaçâo de alguns historiadores. Deve ter sido maior o número de peças levadas ao palco deste teatrinho particular que não teve, desde logo transcendência popular.
         Também não se chegou a saber se o Contratador contava com um elenco estável ou com eventuais temporadas de atores contratados. Dos músicos não havia necessidade de preocupar-se, porque sempre achariam  ocupação num arraial musicalmente muito desenvolvido.

        - Capitão João Júlio Costa - em 1929  reorganizou a Banda do 3º Batalhão de Caçadores de Minas

-                     A ORDEM E A IGREJA DO CARMO - [1754]

 A Ordem Terceira do Carmo era constituida de gente abastada, funcionários da Administraçâo do Tijuco e várias pessoas de categorias sociais diferentes, incluindo-se entre  eles o Quinto Contratador João Fernandes de Oliveira, famoso pela sua riqueza imensa e pelos seus amores com a Chica da Silva.
         Era interesse dos irmãos erigir uma Capela, que seria a sede própria da Ordem Terceira do Carmo. A sede da Ordem era Vila Rica e esta podia autorizar filiais. Quase todos queriam que a Igreja fosse ao alto da Rua Direita, por ser o lugar apropriado e de posição invejável, dominando desde o alto a população.
         João Fernandes foi contrário. Queria que fosse construida no local onde existia a Capelinha de São Francisco de Paula, bem defronte à Casa do Contrato [ hoje Palácio Arquiepiscopal], isto por comodidade ou por capricho, porque o local era estreito e triste e retirado do centro do povoado. Os Irmãos descontentes recusaram o projeto,  protestando não concorrer com os custos  da construção, o que foi motivo para que João Fernandes de Oliveira tomasse a obra inteira sobre sí, fazendo erigir a Capela, um dos mais ricos templos do Tijuco.


1932- Estadia do Circo Aretuza em Diamantina- Aretusa ao centro junto ao Maestro Del Duque.

IGREJA DA LUZ

 Aos 19 de fevereiro de 1758 é construida a Igreja de Nossa Senhora da Luz, às espensas de Dona Tereza Perpétuo Corte Real, com algum adjutório do povo. Anexo a ela, de parede e meia fez também um Orfanato, que o Arraial apelidou de "Convento”, chegando a recolher 150 crianças. Dona Tereza era muito rica, casada com o Sargento-Mor Duarte, funcionário dos Diamantes no Tijuco.
         Esta Igreja foi uma promessa feita por ela, nas angustias e pavores do terremoto da Lisboa a 1º de novembro de 1755. Nâo morrendo, veio cumprir a promessa no Tijuco para onde seu marido foi transferido. A Imagem de Nossa Senhora da Luz ela retirou de uma das Igrejas de Lisboa, prestes a desabar.
         O historiador Dr. Paulo Kruger Mourâo sustenta que esta Capela foi acabada nos começos de 1800.

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